Mulheres Pilotos

As mulheres também tem seu espaço no SuperBike Brasil

Maria Fernanda teve seu primeiro contato com as motos ainda cedo, aos oito anos com um scooter. O incentivador foi seu pai, que lhe deu uma pitbike2T de 50 cc e, em seguida, preparou uma minimoto versão SuperMotard de 110 cc e câmbio de 4 marchas para a primeira corrida de MaFe.

Desde então, a menina nascida na cidade de Caieiras, interior de São Paulo, se apaixonou pela velocidade, até que no ano passado se inscreveu para a seletiva da Honda Junior Cup. Em seu primeiro ano de participação, conquistou o 3º lugar na competição e para a temporada de 2015 as metas da jovem piloto são ambiciosas.

“Pretendo ganhar corridas e experiência para subir de categoria e participar da Honda CBR 500R em 2016. Se tudo der certo, espero ser campeã da Honda Junior Cup já em 2015”, conta Maria Fernanda.

Esta trajetória lembra muito outra história, conhecida daqueles que acompanham a motovelocidade nacional há alguns anos. Outra piloto que começou cedo e que, com a ajuda e incentivo do pai, cresceu no esporte, conquistou títulos e hoje se destaca no cenário nacional.

Idolatrada por Maria Fernanda e referência para a nova legião de jovens pilotos, Sabrina Paiuta é a única piloto brasileira a marcar presença na European Junior Cup, onde disputou por igual nos principais circuitos internacionais, uma posição de destaque frente a competidores de todas as partes do mundo. A categoria escola acompanha o World Superbike, Campeonato Mundial de Superbikes e serviu de inspiração para a criação da Honda Junior Cup no Brasil.

Sabrina coleciona importantes conquistas e participações em diversas modalidades do motociclismo: Campeã da Copa Kawasaki Ninja em 2012, categoria Light (250cc), Vice-campeã Paulista de Supermoto em 2011 (450cc), Vice-campeã Brasileira de Supermoto em 2011 (250cc), Campeã Paulista de Supermoto em 2010 (230cc) e Vice-campeã Paulista de Supermoto em 2009 (230cc), além da conquista dos prêmios Moto de Ouro 2012 nacategoria feminina, Moto de Ouro 2013, também na mesma categoria, e o mais recente deles, destaque internacional no Moto de Ouro 2014.

Com apenas 20 anos e toda esta experiência no esporte, em 2015 Sabrina Paiuta encara novos desafios. A piloto disputará o título pela classe SuperSport, que utiliza motos esportivas de 600cc e preparação livre.

“Em 2014 fiz algumas provas na principal classe do campeonato, a SuperBike, mas por uma questão de adaptação as motos de 1000 cc decidi participar da SuperSport nessa temporada, ganhar experiência e, quem sabe, um título inédito para minha carreira. Esta mudança serve ainda para um propósito maior, ganhar ritmo e me preparar para retornar ao circuito mundial, na disputa da classe SuperStock600 do WSBK.” Sobre o fato de ser a única piloto do sexo feminino na classe, Sabrina explica que “o nível da competição é muito alto e, dentro da pista, todos somos pilotos, a rivalidade pelo título supera qualquer diferença de sexo e a briga pelo primeiro lugar se dá ombro a ombro com os outros pilotos.”

São as mulheres fazendo história no esporte a motor nacional, mostrando que para acelerar é preciso garra, força de vontade e uma parcela de incentivo dos pais, para superar as diferenças e deixar os concorrentes para trás.

Fonte: Divulgação

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Amanda Pagliari

Desde 2009, primeiro portal brasileiro a abordar a abordar o mundo do motociclismo para mulheres. https://www.instagram.com/amanda.pagliari/

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