Aumenta a presença das mulheres no SuperBike
Mesmo sendo minoria no SuperBike Series Brasil, elas não fogem da briga e aceleram forte em busca das primeiras colocações. Em um universo de aproximadamente 350 competidores, apenas cinco representantes do sexo feminino encararam as retas e curvas do Autódromo de Interlagos na etapa de abertura da competição.
Revelação brasileira na modalidade, a piloto Sabrina Paiuta, 19 anos, realizada neste ano sua temporada de estreia na categoria com motos de 1.000 cilindradas. Apesar da adaptação, ela já garantiu um ótimo resultado.
Na primeira etapa, Sabrina Paiuta saiu com a vitória na categoria SuperBike Pro Estreante. “Foi a minha melhor corrida nesta temporada. Eu passei por alguns problemas de saúde, mas me superei e a diferença para os pilotos da SuperBike Pro não foi tão grande”, lembra a piloto, que antes da abertura do SuperBike Series Brasil 2014, em janeiro, venceu a competição 500 km de Interlagos.
Para ela, a participação feminina nas provas de duas rodas ainda é vista como tabu. “O mundo da moto é muito radical para as mulheres e acaba sendo fora do normal”, afirma. “Dentro da pista acontecem muitos toques e disputas, mas fora dela, é tudo normal”, completa.
Samara Andrade, da Copa Kawasaki Ninja 600, acredita que a participação das mulheres tem tudo para crescer. “Acredito que ainda são poucas as mulheres na motovelocidade por falta de informação e incentivo. Há muitas que me perguntam como funciona. Questionam principalmente a questão da segurança. Entretanto, o público feminino esta cada vez mais presente no motociclismo, podemos perceber isso na rua”, diz.
Samara também questiona a forma como as pilotos são vistas pelos colegas. “Existe sim um ‘pré- conceito’ da parte dos homens. Eles subestimam a capacidade das mulheres nas pistas, e no fim acabam se surpreendendo. Alguns até criam certa antipatia”, ressalta.
Suzane Carvalho, que pela primeira vez disputa uma competição de duas rodas, na Copa Honda CBR 500R, destaca a rivalidade entre sexos que existe na maioria das competições que envolvem velocidade. “O preconceito existe. As mulheres enfrentam uma série de barreiras, de ordem social, familiar e até financeira”, relata a campeã de Fórmula 3.
Apesar da disputa com os pilotos homens, Suzane destaca a camaradagem entre os concorrentes no SuperBike Series Brasil. “Na minha categoria, o clima é muito agradável. Todos conversam, procuram dar dicas e as disputas são limpas”, finaliza.
Futuro das mulheres no SuperBike
O SuperBike Series Brasil pode estar colaborando para o crescimento da presença feminina nas competições de motovelocidade. Prova disso é que duas competidoras – Gigi Erbolato e Maria Fernanda – , disputam a Honda Junior Cup, categoria voltada a crianças e adolescentes e que tem como objetivo desenvolver o esporte.
Fonte: Vipcom