Abraciclo registra aumento de 18,7% na indústria das motocicletas
O número é equivalente ao dado nos últimos 18 anos. Em novembro, mais de 129 mil unidades saíram das linhas de montagem do Polo de Manaus
A indústria de motocicletas registrou aumento de 18,7% no acumulado do ano. Segundo levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), de janeiro a novembro, foram fabricadas 1.328.105 unidades.
No mesmo período do ano passado, 1.118.790 motocicletas saíram das linhas de montagem do PIM (Polo Industrial de Manaus). Ainda de acordo com dados da associação, esse é o melhor resultado para os onze primeiros meses do ano desde 2014, quando foram produzidas 1.432.842 motocicletas.
Assim, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que o volume de produção está dentro do planejado. Além disso, ele acredita que a expectativa de fabricar 1.420.000 motocicletas deverá ser atingida. “Depois de um primeiro bimestre conturbado devido aos casos da variante Ômicron, as unidades fabris retomaram o ritmo das linhas de montagem e a produção vem subindo para atender à demanda do mercado”, enfatiza.
Em novembro, as fabricantes do Polo de Manaus produziram 129.216 motocicletas. O volume é 13,6% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (113.776 unidades) e 5,9% menor na comparação com outubro (137.346 motocicletas). Dessa forma, segundo dados da Abraciclo, esse é o melhor resultado para o mês em nove anos. Em 2013 foram fabricadas 156.044 unidades.
Por fim, Fermanian acredita que o segmento de motocicletas deva continuar aquecido. “Depois dos resultados positivos e do crescimento do segmento este ano, acreditamos que a procura pela motocicleta deverá seguir em alta em 2023”, analisa. “Muitos brasileiros encontram no modal um veículo ágil, de custo de manutenção mais em conta e com maior facilidade de aquisição”, completa.
Abraciclo e a expectativa do mercado
O presidente da Abraciclo acredita ainda que a fila de espera pelos modelos de baixa cilindrada e pelas scooters ainda deverá se estender pelos próximos meses. “Isso ainda é reflexo do primeiro bimestre, quando cerca de 100 mil motocicletas deixaram de ser produzidas. Além disso, em dezembro, teremos as férias coletivas quando as fábricas aproveitam para realizar as manutenções e os ajustes necessários em suas linhas de montagem”, explica.