Assim como escolhemos a dedo quem cuida de nós devemos também escolher o mecânico de nossa motocicleta com cuidado. Afinal meses de trabalho e suor foram necessários para conquistá-la e é claro que não podemos deixar o nosso bem tão precioso e querido nas mãos de qualquer “mexânico” que aparecer.
Você sabe como identificar um bom mecânico? Não? Então veja 10 pontos de atenção selecionados pelo Vandão e descubra se você pode estar colocando sua motocicleta em mãos erradas.
1. Organização e limpeza
Foi-se o tempo das oficinas desorganizadas e sujas. Hoje em dia as melhores oficinas tem o chão limpíssimo e com todas as ferramentas organizadas. Mecânicos sujos, de pança e cofrinho de fora? Na na ni na não!!!
Assim como o ambiente limpo uma boa oficina tem todos os funcionários limpos e uniformizados. É claro que às vezes uma sujeira, uma marca ou outra de graxa é aceitável, afinal, o serviço é sujo e um simples esbarrão já suja o uniforme dos mecânicos. Agora se o uniforme estiver encardido, parecendo que faz um ano que não vê uma água. Corra o mais rápido que puder.
2. Licenças, certificados e alvará
Procure pela parede a licença de funcionamento e os certificados de cursos de especialização, certificados de reconhecimento de entidades ligadas ao setor e de credenciamento autorizado de Marcas (Yamaha, Honda, Dafra, Ducati, Suzuki, etc.) e de preferência com datas atuais.
O bom mecânico sabe que é necessário buscar constantemente o aperfeiçoamento técnico, pois nos dias de hoje a tecnologia muda num piscar de olhos e apresenta a cada dia novos equipamentos, sistemas e produtos. E um certificado para carburadores emitido em 1974 numa oficina que diz que é especializada em injeção eletrônica é indício que tem algo que não condiz com a realidade, não é mesmo?
A licença de funcionamento leia-se alvarás, registro de pessoa jurídica, etc. Garantirá seus direitos caso enfrente algum problema com o reparo realizado.
3. Observe a clientela
Oficinas que vivem vazias também pedem atenção. Embora não seja regra, oficinas vazias podem representar mau atendimento, preços demasiadamente maior que a concorrência, e o pior, má execução dos serviços.
Vale lembrar também que nem sempre oficinas lotadas são sinônimo de bons serviços prestados. Às vezes o preço barato ou boa localização tem essa consequência, mas no final o barato sai caro.
4. Orçamento sempre
Cuidado com os mecânicos que dizem: “Pode deixar sua moto aqui que a gente dá um jeito em tudo. Vai ficar tinindo de nova”. De serviços não autorizados a peças trocadas sem necessidade são algumas das situações que você pode enfrentar. E depois do serviço feito fica difícil reclamar ou provar que tal procedimento era mesmo necessário ou não.
Nunca deixe sua moto em uma oficina sem levar um orçamento por escrito com detalhes dos valores das peças que precisam ser trocadas e o valor da mão de obra. Infelizmente alguns “espertalhões” utilizam-se deste artifício para poder lucrar mais.
Deixar uma moto para conserto sem um orçamento prévio pode causar sustos na hora de pagar a conta. Por isso caso não fique na oficina durante o conserto exija que lhe telefonem e peçam aprovação prévia para outros reparos e peças não especificadas no orçamento.
5. Rede autorizada
Concessionária não é sinônimo de bons serviços e atendimento. O que tem aumentado e muito a procura pelo reparador independente. Porém se sua moto ainda está na garantia é aconselhável fazer as revisões em concessionária até o fim da mesma, pois se corre o risco de perder a garantia caso não a faça na rede autorizada.
Se não foi bem atendida em uma concessionária vá a outra credenciada da marca.
6. Repetições de problemas
Se você está indo e voltando na oficina pelo mesmo problema várias vezes, cuidado, seu mecânico não está reparando sua moto com eficiência, utiliza-se de peças de origem duvidosa ou até mesmo não tem o preparo técnico adequado para executar o serviço. Portanto hora de trocar de mecânico.
7. Atendimento
Preste atenção como o mecânico trata seus clientes. Mecânico que não trata bem seus clientes também não cuidará bem da sua motocicleta.
8. Questione
Nunca aceite um orçamento sem questionar. Sempre pergunte o porquê do reparo, pra que a peça serve e o que mudará após a troca. Veja se a resposta do mecânico é consistente e sem engasgos. Se não acreditar na resposta vá a outro mecânico e peça uma segunda opinião.
9. Garantia
Veja se o mecânico oferece a garantia pelo serviço por escrito, ou se emite nota fiscal, pois esta última lhe garante 90 dias de garantia independente se o mecânico lhe disser que não.
10. Referências
Depois de conferir essas dicas é hora de procurar um mecânico pra chamar de seu. Prazer, eu sou o Vandão o seu mecânico Saradão. (Perdão meninas, mas eu não poderia perder a deixa. Rs.).
Não espere sua motocicleta quebrar para procurar um bom mecânico. Pois na correria é fácil de ficar sem opções e ir ao primeiro que aparece e se decepcionar depois.
Portanto, peça referências e indicações a amigos, parentes e conhecidos e vá analisando se ele se encaixa nesse perfil. Não há ferramenta melhor que o boca a boca para se descobrir quem trabalha bem.
Se seu mecânico passou com louvor por estas dicas, anote seu telefone na agenda, agarre-o com unhas e dentes e não o perca mais. Achar bons profissionais não é fácil.
